Etiópia controla Covid-19 sem isolamento social 
País não adaptou a quarentena obrigatória  
Redação CPIMW
01 de Junho de 2020


Foto:reprodução

Enquanto países ao redor do planeta lutam para conter o avanço do coronavírus optando pela quarentena, a Etiópia tem mostrado bons resultados, mesmo sem ter adotado o total isolamento. O país, até o momento, registrou apenas 731 casos e seis mortes. 

Na Europa, o Reino Unido, país com pouco mais da metade da população da Etiópia, tem cerca de 6.000 vezes mais mortes. 

O combate a pandemia na Etiópia segue uma abordagem focada na prevenção da doença. As igrejas e mesquitas estão fechadas, as cerimônias acontecem virtualmente. De acordo com as autoridades, já foram examinadas cerca de 40 milhões de pessoas em 11 milhões de residências. 

As autoridades responsáveis pelo país construíram locais para o isolamento de aproximadamente 50 mil pessoas, e disponibilizaram 15 mil leitos nesses centros. Entretanto, a maioria das vagas não foi usada. 

De acordo com os dados oficiais, esse país de 110 milhões de habitantes na África oriental é o segundo mais populoso do continente, e registrou até agora apenas 731 casos de Covid-19 e seis mortes. 

A Etiópia evitou o pior da pandemia, pelo menos até agora. Quando você pega um telefone na Etiópia para fazer uma ligação, em lugar do som de discar, ouve um jingle explicando os benefícios de lavar as mãos, praticar distanciamento social e usar máscara. 

As eleições no país previstas para agosto foram adiadas em função da pandemia. 

Em lugar de uma quarentena rígida, a Etiópia optou por uma resposta baseada na divulgação de mensagens públicas. “Esta não é uma doença que se combate com ventiladores ou UTIs”, disse Arkebe Oqubay, ministro sênior e assessor especial do primeiro-ministro. “Noventa por cento da solução está no distanciamento social e na lavagem de mãos. A única maneira que temos de jogar e ganhar é enfocando a prevenção.” 

Em vez de construir hospitais de luxo, a Etiópia injetou o dinheiro que pôde na assistência de saúde básica: campanhas de vacinação e atendimento infantil e maternal. 

Autoridades de saúde pública estão justificadamente cautelosas, temendo um aumento nos casos se os governos se descuidarem. Mas a OMS admite que a pandemia parece estar seguindo um caminho diferente na África. Nada disso significa que a Etiópia possa baixar a guarda porque ainda é possível que ocorra um aumento grande de casos.

(Fonte: Folha de São Paulo)

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