Chineses são obrigados a substituir foto de Jesus por Mao Tse-Tung
As ordens servem para pessoas que recebem assistência do governo chinês
Redação CPIMW
29 de Julho de 2020

  Revolucionário comunista chinês Mao Tsé-Tung      (Foto: reprodução)

Na China estão ordenando que as pessoas que recebem assistência do governo substituam símbolos religiosos em suas casas, incluindo fotos de Jesus, por fotografias de Mao Tse-Tung e do presidente Xi Jinping sob a ameaça de retirar-lhes a assistência. A política também se aplica aos membros das igrejas administradas pelo Estado.   

A  Bitter Winter, revista de liberdade religiosa,  informou na semana passada que as autoridades da cidade de Linfen, na província de Shanxi, foram instruídas em abril a inspecionar e eliminar os símbolos religiosos dos lares daquelas pessoas que recebem “pagamentos de assistência social”, e substituí-los por imagens dos líderes comunistas.  

Um membro da Three-Self Church, que é a denominação protestante oficial do Partido Comunista Chinês, disse a revista que as imagens de Jesus e um calendário religioso foram removidos de sua casa e substituídos por imagens do presidente Mao."As famílias religiosas empobrecidas não podem receber dinheiro do Estado sem nada em troca; devem obedecer ao Partido Comunista pelo dinheiro que recebem", disse o membro. 

O pregador de uma igreja em casa, que geralmente é ilegal, mas tolerada em grande parte da China, disse que sua cruz e fotos de Jesus foram removidas em maio e substituídas por uma foto do presidente Mao. "Pediram que todas as famílias pobres da cidade mostrassem imagens de Mao Tsé-Tung”, disse o pregador a Bitter Winter. “O Governo está tentando eliminar a nossa crença e quer chegar a ser Deus no lugar de Jesus”. 

Em Jiangxi, local conhecido pelas denúncias de perseguição cristã, um homem informou que seu benefício assistencial devido a sua deficiência foi revogado por causa de sua participação da igreja. 

Um membro da Three-Self Church, de aproximadamente 80 anos e que mora na província de Jiangxi, relatou que perdeu a ajuda do governo depois de dizer "graças a Deus" ao receber um pagamento da aposentadoria. "Eles esperavam que eu elogiasse a bondade do Partido Comunista", contou. 

Em abril, outra idosa na província de Henan informou que seu benefício mínimo vital foi cancelado quando as autoridades descobriram uma cruz na porta de sua casa. A mulher, diabética e que precisa de injeções frequentes, perdeu toda a ajuda do regime devido a suas crenças religiosas. 

"Se você quer adorar alguém, são eles", disse o oficial a um homem na cidade de Shandong. 

Desde 2015, o governo comunista promove um programa de "sinicização" da religião. Relatórios regulares continuam surgindo sobre a demolição de igrejas, assédio e prisões de sacerdotes e bispos, e a censura rigorosa imposta ao ensino religioso. 

Em algumas áreas, as igrejas foram forçadas a remover os Dez Mandamentos e substituí-los pelas palavras do Presidente Xi Xinping. 

Em Xinjiang, estima-se que entre 900 mil e 1,8 milhão de uigures, a maioria muçulmanos, estão confinados em mais de 1.300 campos de detenção chineses, criados aparentemente para fins de "reeducação". Os sobreviventes denunciaram doutrinação, espancamentos, trabalho forçado, abortos e esterilizações forçadas e tortura nos campos. 

(Fonte:  Acidigital) 

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