Equipe editorial responsável pelo "Assim Somos"

Na manhã de 16 de setembro, na sede administrativa da 6ª Região Eclesiástica, foi entregue pelas mãos do Bispo Roberto Amaral ao presidente do CPIMW, Rev. Agnaldo Valadares, o resultado de um árduo trabalho na preservação e divulgação da memória da Igreja Metodista Wesleyana. Com o calibre de uma enciclopédia, nasce uma obra que visa contar a história e a biografia de diversos personagens e fatos importantes, bem como tornar acessível a todos os leitores definições acerca de temas teológicos e administrativos.

Capitaneado pelo Bispo Amaral com a supervisão do secretário regional de Educação Cristã da 6ª Região, pastor Carlos Coutinho, o trabalho envolveu diretamente o trabalho em equipe de cerca de 20 pastores e aspirantes somado a uma extensa rede de colaboradores que se dedicou a compor a obra, que enfim chegou a sua reta final.

Envolvido na equipe responsável pelos verbetes históricos e biográficos, o pastor Misael Henrique, doutor em História, acredita que o leitor irá se surpreender com a qualidade da pesquisa, sobretudo dos textos ligados à história e à biografia, demonstrando assim que não é um trabalho simplesmente institucional, mas com rigor metodológico e sem prejuízo à história de cristãos que colocaram sua fé e suas mãos a serviço do Reino de Deus e assim conseguiram formar uma igreja com a envergadura atual da Igreja Metodista Wesleyana.

O rigor metodológico citado pelo pastor Misael pode ser verificado nos números desse trabalho, que consumiram 12 dias de trabalho exclusivo com debates, reuniões, verificação e levantamento de fontes, que somado às reuniões remotas, consumiram mais de 900 horas de trabalho e o acesso direto a mais de 5 mil páginas de documentos, fotos e exemplares do Voz Wesleyana.

Ao parabenizar o esforço dessa equipe, o Bispo Amaral fez uma necessária reflexão sobre o texto de Êxodo 17.14, e a sua conclusão conscientizou a todos da importância desse trabalho ao dizer que “Lembrar do passado e guardar a memória serve para garantir as nossas ações do futuro”.

O pastor Adalberto Alves Rodrigues, integrante da equipe envolvida no trabalho, disse nesse sentido: “Um projeto como esse nos dá a oportunidade dos mais jovens viverem a história e andarem sobre o mar de uma história que se tornou tão grande como a história de nossa igreja. O pastor Thiago Vogt, mestrando em História, ressaltou a importância do pastor Adalberto como importante fonte de história oral: “O pastor Adalberto contribui para verificarmos fontes e documentos com seu importante testemunho sobre eventos distantes e personagens que já dormem com o Senhor”.

O pastor Carlos Coutinho, um dos responsáveis pela condução dos trabalhos, ainda emocionado pela conclusão do projeto, comparou a obra com um sonho realizado. O pastor, que sonhava com um documentário, viu o trabalho tomar a forma de uma enciclopédia graças ao apoio do Bispo Jamir e do Conselho Geral. O seu parecer é bem coerente com o tempo que estamos vivendo: “O balanço é altamente positivo levando em conta que estamos passando por uma pandemia que impediu as reuniões anteriormente planejadas, mas podemos contar com grande apoio da equipe envolvida e fundamentalmente do Bispo Roberto Amaral como presidente da comissão e do secretário geral de Finanças, pastor Luiz Carlos Leite.”

Em uma das reuniões de trabalho, o pastor Renato Neves ressaltou a importância do avivamento wesleyano na década de 1960 como o prosseguimento do legado metodista para a geração atual e as gerações futuras. Nesse sentido, o pastor Misael ressalta a importância da memória wesleyana ser preservada para a manutenção de sua identidade e significado, nos dizendo o seguinte: “Quem não possui identidade é levado a qualquer lugar por qualquer um. Mas, quem se conhece tem essência e firmeza de propósito e, sobretudo, sabe onde deseja chegar!”

O pastor Eli Bastos, secretário regional de Educação Cristã da 1ª Região, um dos responsáveis pelo eixo teológico deste projeto, diz que a teologia oriunda dessa história é uma forma de expressão dos momentos históricos vividos, e que os teólogos e historiadores ao trabalharem juntos articulam as compreensões sobre a integralidade dos eventos, não somente pelas biografias e episódios narrados, mas também nas suas expressões de fé. Nas palavras do próprio pastor Eli: “Uma obra como essa além de registrar e memorar fatos do passado de nossa denominação, também deixa um legado que servirá de bússola e de orientação para os mais jovens.”

Sem dúvidas, o que se viu desde os primeiros passos até a conclusão desse trabalho é que ao longo de mais de 50 anos, um pequeno grupo se tornou uma grande e relevante igreja inserindo clérigos e leigos, conhecidos e desconhecidos na linha de esplendor sem fim.