Presidente da Cruz Vermelha libanesa diz que número de mortos pode subir   
Com a explosão, já morreram até o momento 135 pessoas e mais de 4 mil ficaram feridas     
Redação CPIMW
05 de Agosto de 2020

(Foto: Hussein Malla/ AP)

Hoje (5), a capital do Líbano amanheceu de luto, por causa da tragédia causada pelas explosões de ontem no porto em Beirute. Já foram confirmadas, até o momento,135 mortes e 4 mil pessoas feridas. As autoridades permanecem no local e descrevem como "um cenário de guerra", admitindo que o número de vítimas pode ser maior.  

“Ainda estamos verificando a área. Podem existir mais vítimas. Espero que não”, afirmou à imprensa o presidente da Cruz Vermelha, George Kettani.  

A potência da explosão se equiparou a um terramoto de magnitude 3.3. Essa manhã, a fumaça ainda saía do porto da cidade. As principais ruas da parte baixa da capital acumulam destroços e veículos danificados, assim como fachadas de edifícios destruídas pelo impacto.  


“É como um cenário de guerra. Estou sem palavras”, lamentou o presidente da Câmara de Beirute, Jamal Itani, à agência Reuters, depois de ter inspecionado hoje os estragos causados pelo desastre, estimando que correspondam a milhões de dólares. “Esta é uma catástrofe para Beirute e para o Líbano”, concluiu.  

A Cruz Vermelha informou também que o grande número de feridos levou a uma superlotação dos hospitais de Beirute, que atua em coordenação com o Ministério libanês da Saúde. O presidente do país, Michel Aoun, anunciou que o governo vai disponibilizar o equivalente a US$ 66 milhões em fundos de emergência.  

O desastre aconteceu ontem (4), um pouco depois das 18h, horário do Líbano, 6 horas na frente do Brasil. Uma enorme explosão — a segunda de duas — abalou a capital libanesa, acompanhada por outras menores. As causas ainda não foram confirmadas, mas o presidente Michel Aoun informou que durante os últimos seis anos estiveram armazenadas, sem condições de segurança, em um armazém do porto, 2.750 toneladas de nitrato de amônia, produto químico utilizado em fertilizantes e bombas.  

“É inadmissível que um carregamento de nitrato de amônia, estimado em 2.750 toneladas, estivesse há seis anos num armazém, sem medidas de precaução. É inaceitável e não podemos calar-nos sobre essa questão”, disse o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, acrescentando que “os responsáveis vão pagar o preço”.  

A explosão em Beirute foi sentida a 240 quilômetros de distância, ocorreu em um período sensível para o Líbano, que vive crescente crise econômica e divisões internas, enquanto lida com os danos provocados pela pandemia.  

O Líbano, que tem uma dívida pública de US$ 90 bilhões, importa a maioria da sua comida, e o porto de Beirute, fundamental no armazenamento dessas importações, está agora destruído.  

(Fonte: Agência Brasil)

 

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