OMS vê recuperação econômica global mais rápida com vacina
Diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, falou que a vacina contra a covid-19 precisa ser um bem público a todos
Redação CPIMW
07 de Agosto de 2020

(Foto: Denis Balibouse/REUTERS)

A pandemia causada pela covid-19 trouxe ao mundo não apenas uma crise na saúde pública, com hospitais entrando em colapso pela grande quantidade de casos, mas também na economia. Contudo, uma vacina ainda em 2020 e disponibilizada a todos como um bem público pode trazer uma recuperação econômica mais rápida do que se espera.

A afirmação foi feita pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nessa quinta-feira (6).   "O compartilhamento de vacinas ou o compartilhamento de outras ferramentas efetivamente ajuda o mundo a se recuperar junto. A recuperação econômica pode ser mais rápida e os danos da covid-19 podem ser menores", disse Tedros, que participou de um painel de discussão online com membros do Fórum Aspen Security, dos Estados Unidos, moderado pela rede NBC.

"O nacionalismo com vacinas não é bom, não vai nos ajudar", acrescentou Tedros, em alusão à disputa competitiva entre diversas nações e seus laboratórios para criar uma vacina eficaz e pedir o máximo de doses possível com antecedência.

Na segunda-feira (3), Tedros disse que o coronavírus é a maior emergência de saúde desde o início do século 20, e que a corrida internacional por uma vacina também é "sem precedentes".

"Precisamos aproveitar este momento para nos juntarmos em unidade nacional e solidariedade global para controlar a covid-19. Nenhum país estará seguro até todos estarmos seguros", completou.

Ao ser questionado sobre a proposta da vacina russa, o diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan, disse ao painel que são necessários dados de estudo para garantir que os produtos sejam seguros e eficazes.

Ele afirmou ainda que as autoridades devem ser capazes de demonstrar a eficácia de uma vacina contra o novo coronavírus por meio de ensaios clínicos tradicionais, em vez de estudos de "desafio humano". Ele se referiu à exposição intencional de voluntários para verificar se o produto funciona.

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse ontem que é possível que o país tenha uma vacina contra o novo coronavírus antes das eleições de 3 de novembro — uma previsão mais otimista do que o tempo apresentado pelos próprios especialistas em saúde da Casa Branca.

Trump acusou a OMS de se tornar um fantoche da China — onde o surto do novo coronavírus surgiu pela primeira vez no ano passado, e avisou que os Estados Unidos sairão da agência dentro de um ano.

Os EUA são o maior doador geral da OMS e contribuíram com mais de US$ 800 milhões até o fim de 2019 para o biênio 2018-19.

Tedros Adhanom, que negou que a OMS responda à China ou a qualquer outro país, disse ao painel que o principal dano da iniciativa do governo Trump, de sair da agência, não será a perda de financiamento.

"O problema não é o dinheiro, não é o financiamento, é realmente o relacionamento com os EUA. Isso é mais importante para a OMS — o vácuo, não o financeiro. E esperamos que os EUA reconsiderem sua posição", finalizou.

(Fonte: Agência Brasil)

 

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