Professores da rede pública de SP anunciam greve contra aulas presenciais
Sindicato da categoria alega falta de condições sanitárias por conta da pandemia da covid-19
Redação CPIMW
08 de Fevereiro de 2021

(Foto: Studio Formatura/Galois)

Contrários ao retorno das aulas presenciais em meio à pandemia da covid-19, os professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo decidiram fazer greve a partir desta segunda-feira (8). O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) declara que os profissionais irão trabalhar normalmente, mas de forma remota.   

“Não há condições para um retorno seguro. As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool em gel vencido. E tudo isso já está causando consequências graves”, disse a presidente do Sindicato, Isabel Noronha. 

Ela informou ainda que um levantamento feito pelo sindicato dos professores constatou 147 casos de covid-19 em escolas que já retornaram com atividades presenciais. “Imagine o que vai acontecer quando milhões de estudantes voltarem para as aulas presenciais no estado”, destacou.

Segundo decisão do governo do estado, a partir desta segunda-feira, os 3,3 milhões de alunos da rede estadual de São Paulo estão autorizados a retomar as aulas presenciais, em sistema de rodízio, e iniciar o ano letivo de 2021.

Em nota, a Secretaria de Educação do Estado disse que a paralisação faz parte de uma agenda político-partidária e que “o sindicato ainda esquece de contabilizar os riscos diversos atrelados ao atraso educacional e à saúde emocional e mental das milhares crianças e adolescentes”. 

“A retomada das aulas é pautada em medidas de contenção da epidemia, obedecendo aos critérios de segurança estabelecidos pelo Centro de Contingência do Coronavírus, embasada em experiências internacionais e nacionais. Estudantes e profissionais com doenças crônicas ou fatores de risco devem permanecer em casa, cumprindo atividades remotas”, destacou em nota.

A secretaria disse ainda que faltas dos professores não justificadas pelos profissionais serão descontadas.

(Fonte: Agência Brasil)

 

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