Bispo Roberto Amaral | Os três legados da ressurreição


Segundo James S. Stewart, o cristianismo é a religião da ressurreição. Nos primórdios dias do Novo Testamento, a mensagem do Evangelho soou como uma notícia bombástica pelo fato de contrariar a opinião comum. Os pregadores das boas novas declaravam em alto e bom som que, Jesus Cristo, condenado e morto por ordem de Pôncio Pilatos, havia ressuscitado dos mortos e estava vivo. Esta mensagem percorre o mundo e atravessa os séculos alimentando a esperança e a fé de bilhões de pessoas que agora esperar algo além do que se pode obter nesta vida.

Ao lermos Mateus 28.1-10 podemos depreender que a ressurreição de Cristo, como um fato real, lega ao mundo algumas conquistas: o primeiro legado da ressurreição é um novo tempo. É significativo o registro que define o primeiro dia da semana, portanto, o domingo, como o dia da ressurreição de Cristo. O primeiro dia da semana seguia ao sábado, um dia cheio de significado para os judeus. O sábado incorporava em seu significado e importância todo o sistema religioso judaico. Ao ressuscitar no domingo, Jesus anuncia o começo de um novo tempo, uma religião despida de rituais e cerimônias complexas e repetitivas, uma religião baseada no relacionamento com Ele. 

O segundo legado é a vitória sobre a maldição da queda. A derrocada do homem no Éden custou-lhe viver debaixo de terrível maldição. Desde então a humanidade carrega consigo o medo da morte. E com razão, pois o algoz de todos os mortais tem a missão de nos levar as barras do tribunal divino onde nos aguarda a pior de todas as sentenças. A ressurreição de Cristo nos proporciona a possibilidade e a certeza de escaparmos desta terrível condenação. Sendo a morte de Cristo vicária, sua ressurreição indica que seu sacrifício foi aceito, então, Ele agora pode nos absolver da condenação eterna. 

O terceiro legado da ressurreição é que ela nos deixa uma mensagem a proclamar. Em sua primeira aparição depois do seu sepultamento, Jesus foi visto pelas mulheres que foram ao túmulo no domingo pela manhã. Depois daquele momento de emoção e devoção, Jesus as encarregou de ir e anunciar aos seus irmãos que Ele estava vivo e que iria encontra-se com eles na Galileia. Durante o tempo em que Jesus esteve com seus discípulos antes de subir aos céus esta era a tônica de sua orientação a eles: seus discípulos deveriam ir pelo mudo todo proclamando a mensagem do evangelho, a mensagem da ressurreição. Temos, pois, estes legados, como fruto da ressurreição de Cristo. Devemos por esta razão incorporá-los a nossa fé.


Bispo Roberto Amaral é superintendente da 6ª Região Eclesiástica

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