| Cinco fundamentos de ouro para seu crescimento


Não sou desses líderes que buscam no mundo corporativo e nem nos conselhos dos "coaches" os caminhos e soluções para a igreja e o ministério. Já passei desse tempo. Todavia, de tudo que tenho lido e ouvido, 5 segredos insistem em pulsar no meu coração. Não é uma lista exaustiva de regrinhas, porém pense se não há alguma coerência nesses itens. Você pode aumentar essa lista, aliás, faça a sua. Entretanto não descarte sem ler esses cinco fundamentos. 



 

Eis os cinco: 

1° ORAÇÃO 

Vida de oração, rotina de oração, disciplina de oração. O que mais precisamos ouvir sobre oração? Já não bastam as histórias dos heróis da fé? O livro de Atos? A vida de Wesley etc? Sem oração regular insistente, não haverá resultados consistentes, nem milagres, nem presença de Deus. Oração é relacionamento com Deus. E aqui não falo de reza, repetição ou rotina cansativa, mas de encontros prazerosos com o Pai. 

Orar é uma forma de trazer, de atrair o "agir" de Deus. Não pensem que qualquer excelência em gestão substituirá o "fazer" do Espírito. A unção diminui o esforço. 

A dependência do Espírito Santo é inegociável. 

2° TRABALHO 

Agora sim. Depois, e só depois do agir de Deus, da revelação, vem o agir do homem. 

Deus honra o trabalho. Jesus trabalhou muito. Não tinha onde reclinar a cabeça. "O pai trabalha", disse Jesus. Paulo disse, "um é o que planta, outro é o que rega...", ou seja, isso é trabalho. Depois do trabalho, vem o indispensável, "crescimento". 

3° RELACIONAMENTO OU GOSTAR DE GENTE 

Deus quis ser gente. Jesus recebia pecadores em casa, ia nas casas dos "Mateus" e dos "Zaqueus", deixou que uma pecadora, mulher da rua, beijasse e depois enxugasse seus santos pés com seus cabelos, entrou na casa dos fariseus, deixou vir as crianças, enfim, um Deus-gente, um Deus do povo. Jesus era acessível. Isso atrai as pessoas, cria vínculos. Pastor, não se isole num pedestal, não se sinta maior ou melhor que os demais. A soberba e a arrogância afasta as pessoas. Mostre-se como gente, e não como um ET da santidade. Santidade que repele não é bíblica.

4° FLEXIBILIDADE E LEVEZA

Alguns pastores e líderes são inflexíveis, nunca mudam. Possuem um ar pesado e um discurso arcaico e farisaico de quem diz ser o "guardião" da tradição e dos fundamentos. São odres velhos (não importa a idade) que nunca estão prontos para o vinho novo. Aliás, não suportam o vinho novo, racham. Sem, é claro, vender a alma para ganhar o mundo, precisamos nos abrir para novas possibilidades e métodos. Eliseu tomou um "prato novo" para encher de sal e curar as águas de Jericó. Seja um pouco mais flexível, um pouco mais leve... achei seu prato novo (2 Reis 2.20).

Nem Deus é assim tão inflexível. Até Jeová mudou de ideia algumas vezes. Por exemplo, pela oração de Moisés, de Ezequias, e outros, Deus mudou sentenças. Jesus pregou em sua casa, na casa dos outros, no templo, na praia, na montanha, de um barco, enfim, mudou de estratégias. John Wesley saiu das catedrais, pregou em cima de túmulos, na porta das minas de carvão, em navios e organizou pequenos grupos. Isso era flexibilidade e leveza.

5° SER UM LUGAR ONDE SE PREGA E SE VIVE A GRAÇA E A ESPERANÇA

Essa perspectiva e estilo ministerial é como um poderoso imã. Tem magnetismo. Jesus atraía com sua mensagem da graça de Deus.

Inclusive escandalizou os escribas e fariseus, a galera da religião. Por exemplo: Jesus não apedrejou a adúltera, curou nos sábados, tocou os leprosos, reimplantou a orelha do soldado Malco que foi prendê-lo, perdoou e ainda manteve Pedro no apostolado após a escandalosa e tríplice negação, salvou e usou Saulo, um violento fariseu, etc. A pregação da mensagem da cruz, da justificação pela fé, do amor incondicional de Deus, do favor imerecido, sumiu dos púlpitos. Em algumas igrejas, a culpa não é tirada, mas cultivada e maximizada.

Pregamos muitas regras e normas, esquecendo que a santidade vem depois do encontro com a graça. Sem um poderoso encontro do pecador incapaz, totalmente incapaz, com o favor incondicional de Deus, não há revelação da graça.

Essa mensagem é poderosa para edificar um povo feliz e santo.

Pense nisso, pastor.

Você pode, esse ano ainda, experimentar uma "guinada" ministerial.

Jesus e as Escrituras são nosso guia. Enquanto não observarmos esses tópicos elementares, não vai adiantar muito caçar cursos, "lives" ou pastores gurus em congressos, ou no mercado virtual. O óbvio tem poder!

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