Bispo José Damião | A fama de Jesus incomoda os fariseus


João 4.1-3: “Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João…, deixou a Judeia, retirando-se outra vez para a Galileia”.

Logo que Jesus soube… Há pessoas que não dão importância ao que os outros pensam ou dizem a seu respeito. São diferentes do Senhor Jesus. Ele direcionava sua missão evangelizadora, em parte, pelas correntes do pensamento popular, pois para ele significava portas fechadas numa cidade e portas abertas em outra localidade. É melhor estar do lado de fora de uma porta fechada do que do lado de dentro, se a missão é até aos confins da terra. Não se trata de se curvar diante da opinião ou vontade popular, mas ter discernimento espiritual para entender o agir de Deus em nossa vida e ministério.

Os fariseus. Quando os fariseus perceberam que o ministério de Jesus estava crescendo, era bem-sucedido; movidos por inveja e ódio, tentaram destruir a popularidade de Jesus junto ao povo. Os fariseus eram uma aristocracia de cultura aliada com os escribas, estes eram os copistas e mestres da lei. A hostilidade dos fariseus para com Jesus tinha como fundamento os seguintes motivos: (1) as afirmações de Jesus acerca da sua autoridade messiânica, (2) sua amizade com publicanos e pecadores (Mt 11.16-19; Lc 7.36-39), (3) sua negligência à prática do jejum (Mt 6.16-18), (4) violador sistemático do sábado (Mt. 12.1-8), (5) violador das tradições (Mc 7.2-4), (6) dizer que iria destruir o templo (João 2.13-22) e (7) traição a Cesar.

É importante lembrar, que no tempo de Jesus havia várias escolas formadoras de fariseus:

- Fariseus Encolhedores do Ombros — porque andavam nas ruas, encolhendo os ombros, figindo ser inspirados.
- Fariseus Rosto para o Chão — porque andavam de cabeça baixa de modo a não ver um metro adiante, a fim de não verem as mulheres.
- Fariseus de Pé ante Pé — pois caminhavam lentamente porque era a terra santa de Deus onde pisavam.
- Fariseus da Voz Trêmula — faziam suas vozes tremer na oração, com o objetivo de convencer seus ouvintes de que eram inspirados pelo Espírito.

Os fariseus eram verdadeiros atores num drama. A sua santidade era máscara bem elaborada diante de espectatores. O sagrado exercício da oração servia para que esses atores se exibissem no palco da religiosidade. 18 orações por dia era a regra. Também diziam: “Quem multiplicar orações será ouvido”. Não tomar banho nem pentear os cabelos após o jejum, ir à sinagoga e assistir ao culto descalços e com cinzas na cabeça era uma prática normal entre eles. A oração longa, diziam, prolonga a vida. O fariseu por nome Rabi José, num gesto de devoção a Deus não lavou o rosto por dezoito anos.

Por isso disse Jesus que os fariseus faziam todas as suas obras para serem vistos dos homens. E outra ocasião, Jesus usa a metáfora, chamando-os de “sepulcros caiados! Limpos e formosos por fora, mas cheios, por dentro, de ossos de mortos e toda sorte de imundície.

José Damião R. de Souza    
 

Dúvidas, sugestões e reclamações, entre em contato pelo e-mail redacao@cpimw.com.br.
O Voz Wesleyana é o órgão oficial da Igreja Metodista Wesleyana.
Sede da redação: Rua Venância, 17, Xerém, Duque de Caxias, RJ.
Secretário Geral de Educação Cristã Rev. Agnaldo Valadares - Redator Rev. Renato Neves
© Todos os direitos reservados. 2024